terça-feira, 31 de janeiro de 2012

A Tendência Tecnicista e a influência behaviorista



O behaviorismo trouxe à psicologia a consistência que os psicólogos da época vinham buscando, pois em contra partida à introspecção e à psicanálise, o objeto de estudo do behaviorismo é o comportamento. Com isso a psicologia passou então, a ter um objeto observável, mensurável, que podia ser reproduzidos em diferentes condições e em diferentes sujeitos. Estas características foram importantes para que a psicologia alcançasse o status de ciência, rompendo definitivamente com sua tradição filosófica.

A tendência tecnicista tem um forte suporte do behaviorismo, pois os estudos desenvolvidos neste campo da psicologia, mostraram que era possível condicionar, moldar o aluno de acordo com a demanda do mercado de trabalho, inserido num contexto capitalista.



             Tendência Tecnicista        X                  Behaviorismo
Meta:
Atender a demanda da sociedade capitalista
Meta:
Previsão e controle do comportamento
Processo educativo objetivo e operacional
Funcionamento observável da mente
Em escolas:
Comportamento de alunos pode ser modelado
Skinner:
 Leis de aprendizagem se aplicam a todos os organismos


segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Crise de Identidade na Adolescência


Durante a adolescência o indivíduo desenvolve o pré-requisito de crescimento fisiológico, maturidade mental e responsabilidade social que o preparam para experimentar e ultrapassa a crise na adolescência.

DIAGRAMA DE ERIKSON: * Coordenada diagonal: as oito idades do homem; *Coordenada Vertical: as contribuições específicas dos quatro estágios da infância à crise de identidade na adolescência; *Coordenada horizontal: aspectos parciais da crise de identidade.

 Coordenada Vertical: Cada uma das quatro primeiras idades do ser humano tem grande influência sobre o homem e a sociedade e também sobre a crise de identidade da adolescência. O diagrama indica que as experiências da criança nos quatro primeiros estágios são determinantes e quando são muito perturbadoras podem gerar grandes danos bloqueando sua identidade, podendo entrar na adolescência preferindo o isolamento sentindo muitas dúvidas e inibição e se sentindo inútil.
A Coordenada Horizontal: A coordenada horizontal é a que merece mais atenção porque descreve a crise de identidade do adolescente e releva suas relações com todas as outras crises do ciclo vital humano. Um sentido seguro de identidade requer o sucesso na resolução de todos os sete conflitos parciais. O homem pode assim de desvincular de seu passado e se projetar para o futuro.

Embora o adolescente lute com muitos conflitos parciais ao mesmo tempo é útil que examinemos cada um deles separadamente:
1) Perspectiva Temporal versus Confusão Temporal
O primeiro conflito está relacionado ao empenho do adolescente para situar sua própria vida numa perspectiva temporal. O adolescente deve avaliar aquilo que ele se tornou e ponderar aquilo que ele gostaria de se tornar; deve ser capaz de, com base nas suas experiências passadas, saber onde quer ir e como chegar a seus objetivos. Como dentro de sua mente do jovem há inúmeras memórias, antecipações e possibilidades e ele deve estabelecer uma ponte entre o passado e o futuro, para Erikson é possível haver, neste contexto, uma confusão temporal.

2) Autocerteza versus Inibição
A assimilação do passado e o planejamento do futuro implicam algum grau de autoconfiança, o que marca essa segunda crise. O jovem desenvolve a Autocerteza, uma convicção interna, acredita assim que sua história te sentido e forma um todo integrado e está certo que irá atingir os seus objetivos na vida adulta e acha ser um ser autônomo. Mas pode ocorrer que ao avaliar as vantagens e desvantagens o adolescente se sinta dominado pela inibição.

3) Experimentação de papel Versus Fixação de papel.
O adolescente, quando em condições favoráveis, se depara com uma quantidade enorme de alternativas e possibilidades, assim, ele vai tentar descobrir para onde se dirigem suas preferências e talentos e definir o seu lugar na sociedade. É desejável que o adolescente tenha acesso ao maior número de possibilidades de escolha de papéis. O jovem confuso entre muitas possibilidades, ou limitado por ter poucas opções, pode experimentar um tipo de fixação de papel, onde o jovem prefere não superar os seus próprios recursos para formar um senso de identidade, se apegando assim a uma identificação total.

4) Aprendizagem Versus Paralisia Operacional
Uma das escolhas mais importantes a ser avaliada e testada durante a adolescência é a que se refere ao trabalho, esta escolha ocupacional indica a percepção de si próprio e de seu lugar na sociedade. Esta fase está relacionada com Diligência x Inferioridade [que pode gerar uma paralisia operacional], a sensação de capacitações e desempenhos, é o interesse do jovem pelo seu futuro profissional e suas competências, desenvolver as suas habilidades, e o sentido de produtividade e a exploração as suas aptidões. Paralisia operacional seria o adolescente não conseguir produzir e nem aprender por se sentir inferior mais demais.

5) Identidade x Confusão de Identidade
O jovem que realiza com sucesso um sentido de perspectiva temporal, autocerteza, experimentação de papel e aprendizagem esta ampliando as experiências vividas em todos os conflitos de crise de identidade, cada crise tem sua particularidade e sua importância porque representa uma versão preliminar das crises subseqüentes.

6) Polarização Sexual Versus Confusão Bissexual
A polarização sexual seria uma antecipação da crise seguinte (intimidade versus isolamento) que ocorre no início da idade adulta. O indivíduo busca definir o significado de ser homem e ser mulher na idade adulta e a representação dos papéis na sociedade. No curso de tentativas de escolher estas similaridades e diferenças entre os sexos e contando com a sua certeza na própria “masculinidade” e “feminilidade”, o adolescente pode começar a revelar um sentido de confusão bissexual e tornar-se inseguro, evitando assim a intimidade íntima ou ainda um contato sexual.
Erikson reconhece que é comum os adolescentes atravessarem períodos de “atividade genital promíscua”, “abstinência completa” ou “jogo sexual sem engajamento genital”, ele considera que estes períodos representam ajustamentos temporários que permitem ao adulto jovem estabelecer o equilíbrio em direção à intimidade do que ao isolamento.

7) Liderança e Sectarismo Versus Confusão de Autoridade
As expansões dos horizontes sociais do adolescente e sua participação numa sociedade mais ampla ajudam a determinar como ele enfrentará a crise da generatividade versus estagnação na meia idade, as experiências vividas até aqui desde sua ocupação e suas vivências no âmbito da sexualidade definiram seu lugar na sociedade e qual será sua contribuição para a mesma enquanto cidadão, membro de uma família e trabalhador. Ele aprende a tomar a responsabilidade de liderança no momento apropriado e a assumir uma atitude sectária quando necessário.
Com a ampliação de contatos sociais acontece a relação com diferentes pontos de vista exercidos por pessoas com as quais ele convive (patrão, namorada, escola, seus pais, amigos), podendo ocorrer impacto sobre ele experimentando a confusão de autoridade, portanto para solucionar este conflito é necessário comparar os valores divergentes ao seus e formular sua crença pessoal.

8) Comprometimento Ideológico Versus Confusão de Valores
O conflito parcial anterior está intimamente relacionado a este último. Aqui acontece o vínculo com a comunidade. A organização do passado com as experiências atuais em função do seu futuro faz com que o adolescente adquira o comprometimento ideológico. O adolescente deve acreditar que seus objetivos pessoais fazem parte de um contexto social e que encontrará o apoio necessário nessa sociedade ajudando-o na construção de sua ideologia pessoal permitindo ao jovem resolver todos os conflitos parciais da crise de identidade. Essa ideologia pessoal irá ajudá-lo a superar não só o senso de confusão de autoridade, mas também a evitar a confusão de valores.
Podemos perceber aqui que a resolução da última crise de desenvolvimento (integridade do ego versus desesperanças) é influenciada e prenunciada pelas escolhas e compromissos que são estabelecidos ao final da adolescência. A construção de um senso de identidade é um processo complexo, mas Erikson identificou uma virtude específica que se origina na adolescência: a busca da fidelidade. Os jovens, que buscam esse senso de identidade, retiram o que necessitam das gerações “mais velhas” – valores, crença – e colocam a “sua marca” sobre aquilo que assimilam. 

Fontes: Livro: "O adolescente em desenvolvimento"
        http://www.viamosaico.com.br/psicologia-do-desenvolvimento-e-da-aprendizagem-na-adolescencia-1

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Psicologia Cognitiva: Percepção


   Psicologia Cognitiva: estuda a cognição, os processos mentais que estão por detrás do comportamento; a forma como a mente adquire o conhecimentoÉ como se o nosso cérebro fosse um computador, e para um computador funcionar bem ele precisa de softwares e programas, esses programas no caso do cérebro seriam os processos mentais, que influenciam diretamente no comportamento do cérebro.
   As teorias do processamento de informação, modelo defendido por Broadbent, têm como base noções como: entrada; representação; computação ou processamento e saídas.



   Percepção: é a função cerebral que atribui significado a estímulos sensoriais; Envolve os processos mentais, a memória e outros aspectos que podem influenciar na interpretação dos dados percebidos. É o processo de se tornar consciente de objetos, relacionamentos e eventos por meio dos sentidos, que inclui atividades como reconhecer, observar e discriminar.
   Na psicologia, o estudo da percepção é de extrema importância porque o comportamento das pessoas é baseado na interpretação que fazem da realidade e não na realidade em si. Por este motivo, a percepção do mundo é diferente para cada um de nós, cada pessoa percebe um objeto ou uma situação de acordo com os aspectos que têm especial importância para si própria.
   À medida que adquirimos novas informações, nossa percepção se altera. Diversos experimentos com percepção visual demonstram que é possível notar a mudança na percepção ao adquirir novas informações. As ilusões de óptica e alguns jogos se baseiam nesse fato. Algumas imagens ambíguas são exemplares ao permitir ver objetos diferentes de acordo com a interpretação que se faz. Em uma "imagem mutável", não é o estímulo visual que muda, mas apenas a interpretação que se faz desse estímulo.
Um pato ou um coelho?!
   Assim como um objeto pode dar margem a múltiplas percepções, também pode ocorrer de um objeto não gerar percepção nenhuma: Se o objeto percebido não tem embasamento na realidade de uma pessoa, ela pode, literalmente, não percebê-lo. 

Fatores que influenciam:
   O processo de percepção tem início com a atenção que é o processo que faz com que nós percebamos alguns elementos em desfavor de outros.Deste modo, são vários os fatores que influenciam a atenção e que se encontram agrupados em duas categorias: a dos fatores externos (próprios do meio ambiente) e a dos fatores internos (próprios do nosso organismo).
Fatores externos que influenciam a atenção: intensidade, contraste, movimento e incongruência.
Fatores internos que influenciam a atenção: motivação e experiência, força do hábito.

Princípios de Percepção:
Na percepção das formas, as teorias da percepção reconhecem quatro princípios básicos que a influenciam:
  • a tendência à estruturação ou princípio do fechamento - tendemos a organizar elementos que se encontram próximos uns dos outros ou que sejam semelhantes;
  • segregação figura-fundo - explica que percebemos mais facilmente as figuras bem definidas e salientes que se inscrevem em fundos indefinidos e mal contornados (por exemplo, um cálice branco pintado num fundo preto);
 Uma taça ou dois rostos?! 
Obs.: Não se consegue visualizar os objetos juntos, pois depende do referencial de fundo que você assume.
  • pregnância das formas ou boa forma - qualidade que determina a facilidade com que percebemos figuras bem formadas. Percebemos mais facilmente as formas simples, regulares, simétricas e equilibradas;
  • constância perceptiva - se traduz na estabilidade da percepção (os seres humanos possuem uma resistência acentuada à mudança).

Tipos de Percepção:
   O estudo da percepção distingue alguns tipos principais de percepção. Nos seres humanos, as formas mais desenvolvidas são a percepção visual e auditiva, pois durante muito tempo foram fundamentais à sobrevivência da espécie. As demais formas de percepção, como a olfativa, gustativa e tátil, embora não associadas às necessidades básicas, têm importante papel na afetividade e na reprodução.


Percepção visual

O triângulo de Kaniza demonstra o princípio do fechamento. Tendemos a ver um triângulo branco sobreposto à figura, como uma figura completa e fechada, embora ele só seja sugerido por falhas nas demais formas que compõem a figura.
A visão é a percepção de raios luminosos pelo sistema visual. Esta é a forma de percepção mais estudada pela psicologia da percepção. A maioria dos princípios gerais da percepção foram desenvolvidos a partir de teorias especificamente elaboradas para a percepção visual. Todos os princípios da percepção citados acima, embora possam ser extrapolados a outras formas de percepção, fazem muito mais sentido em relação à percepção visual. Por exemplo, o princípio do fechamento (ver figura ao lado) é melhor compreendido em relação a imagens do que a outras formas de percepção.
A percepção visual compreende, entre outras coisas: percepção de formas; relações espaciais, profundidade; Cores; Intensidade luminosa; Movimentos.


Percepção auditiva

A audição é a percepção de sons pelos ouvidos. Uma aplicação particularmente importante da percepção auditiva é a música. Em geral, ela possui estruturação, boa-forma, figura e fundo (representada pela melodia e acompanhamento) e os gêneros e formas musicais permitem estabelecer uma constância perceptiva, ou seja, os princípios gerais da percepção
Entre os fatores considerados no estudo da percepção auditiva estão: percepção de timbres; Alturas ou frequências; Intensidade sonora ou volume; Rítmica 

Percepção olfactiva

O olfacto é a percepção de odores pelo nariz. Este sentido é relativamente tênue nos humanos, mas é importante para a alimentação. A memória olfactiva também tem uma grande importância afetiva. A perfumaria e a enologia são aplicações dos conhecimentos de percepção olfactiva. Entre outros fatores a percepção olfactiva engloba: discriminação de odores; o alcance olfactivo.

Percepção gustativa
O paladar é o sentido de sabores pela língua. Embora seja um dos sentidos menos desenvolvidos nos humanos, o paladar é geralmente associado ao prazer e a sociedade contemporânea muitas vezes valoriza o paladar sobre os aspectos nutritivos dos alimentos. O principal fator desta modalidade de percepção é a discriminação de sabores.

Percepção tátil

Uma placa de sinalização em Braille
O tato é sentido pela pele em todo o corpo. Permite reconhecer a presença, forma e tamanho de objetos em contato com o corpo e também sua temperatura. 
O tato não é distribuído uniformemente pelo corpo. Os dedos da mão possuem uma discriminação muito maior que as demais partes, enquanto algumas partes são mais sensíveis ao calor. O tato tem papel importante na afetividade e no sexo. Entre os fatores presentes na percepção tátil estão: discriminação tátil, ou a capacidade de distinguir objetos de pequenos tamanhos; percepção de calor; da dor.

Fontes:
http://www.psicologiaprevitali.com.br/perfil.php
http://pt.wikipedia.org/wiki/Psicologia_cognitiva
http://pt.wikipedia.org/wiki/Percep%C3%A7%C3%A3o
http://www.infoescola.com/psicologia/cognicao-percepcao-e-apercepcao/


terça-feira, 8 de novembro de 2011

Período Operatório


Concreto (dos 7 aos 12 anos)
           Durante este período, o egocentrismo intelectual e social (incapacidade de se colocar no ponto de vista de outros) que caracteriza a fase anterior dá lugar à emergência da capacidade da criança de estabelecer relações e coordenar pontos de vista diferentes  (próprios e de outrem ) e de integrá-los de modo lógico e coerente, ou seja, as crianças tornam-se capazes de cooperar, aceitando o ponto de vista do outro e expondo seu ponto de vista. Surge uma necessidade de conexão entre idéias e de justificação lógica.
           A criança passar a ser capaz de interiorizar as ações, ou seja, ela começa a realizar operações mentalmente e não mais apenas através de ações físicas típicas da inteligência sensório-motor e passa a se lembrar mais das coisas que já viu, aprendeu.
           Não mais, se limita a uma representação imediata e desenvolver a capacidade de representar uma ação no sentido inverso de uma anterior. A capacidade de pensar simultaneamente o estado inicial e o estado final de alguma transformação efetuada sobre os objetos, tal reversibilidade será construída ao longo dos estágios operatório concreto e formal.

Formal (12 anos em diante - adolescência)
O período das operações intelectuais abstratas, da formação da personalidade e da inserção afetiva e intelectual na sociedade dos adultos é também chamado de período operatório formal.
Por volta dos 11-12 anos ocorre uma transformação no pensamento da criança que é a passagem do pensamento concreto para o formal que é chamado de hipotético-dedutivo ou lógico-matemático, isto é, capaz de deduzir as conclusões de puras hipóteses e não somente através de uma observação real.
Neste período as operações lógicas começam a passar do plano da manipulação concreta para o das idéias que são expressas em qualquer linguagem (linguagem das palavras ou símbolos matemáticos, etc.) sem o apoio da percepção, da experiência, nem mesmo da crença.
A criança começa a construir seus próprios valores morais adquirindo sua própria autonomia. Ocorre ainda a transição para o modo adulto de pensar e a capacidade de raciocínio lógico sobre hipóteses e idéias abstratas. Como na outra fase também ocorre o egocentrismo. 
            Há diferenciação nítida entre o EU e o objeto.

Exemplo:
Se lhe pedem para analisar um provérbio como "de grão em grão, a galinha enche o papo", a criança trabalha com a lógica da idéia (metáfora) e não com a imagem de uma galinha comendo grãos.

PIAGET, Jean. Seis estudos de Psicologia.
http://www.unicamp.br/iel/site/alunos/publicacoes/textos/d00005.htm
http://www.pedagogiaespirita.org/escola_virtual/pedagogia/piaget/estagios.htm
http://www.aticaeducacional.com.br/htdocs/pcn/pcns.aspx?cod=54
http://www.abrae.com.br/entrevistas/con_pia.htm


segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Individuação - Jung




     A individuação do ser ocorre claramente, na primeira e na segunda metade da vida. Na primeira metade da vida, vemos o desenvolvimento físico da pessoa, que se torna madura. Os músculos se desenvolvem e há a preparação, como por exemplo, para a reprodução. A segunda metade da vida engloba mais que o projeto realizado na primeira metade. Há o desenvolvimento da persona, onde se desenvolve o ego, que deixa de ser uma parte integrada do inconsciente, e passa a adaptar-se mais efetivamente ao meio em que o indivíduo está inserido.
    O indivíduo, ao passar pelo segundo processo de individuação, ocorrido na segunda metade da vida, deixa de identificar-se inteiramente com as condutas e valores incentivado pelo meio no qual se encontra e passa identificar-se mais com as orientações afloradas de si mesmo. 
      Porém, não é impossível deixar de passar pelo processo de individuação:

“Uma pessoa pode permanecer dividida, não-integrada, internamente múltipla, até chegar a uma idade avançada, e ainda assim ser tida na conta de alguém que viveu uma vida social e coletivamente bem-sucedida, embora superficial.”

    Um dos legados mais importantes deixados por Jung à psicologia foi (...) que o processo de individuação, que não acontece de forma linear, é uma circumambulação [significa não somente um movimento circular, mas também a marcação de uma área sagrada em torno de um ponto central, quando o movimento era horário, interpretou como estando na direção as consciência e no sentido anti-horário em direção ao inconsciente] do si-mesmo, um desenvolvimento para a vida inteira.


Fontes:
- STEIN, Murray. Jung : o mapa da alma : uma introdução. 5 ed - São Paulo : Cultrix, 2006
- http://grupopapeando.wordpress.com/2010/09/20/o-individuo-ameacado-pela-sociedade-capitulo-i/
- http://www.ajb.org.br/
- http://www.rubedo.psc.br/dicjung/verbetes/circumam.htm

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Pragmatismo


Reprodução
                                                                          ( PIERCE)


Pragmatismo norte americano foi estabecelecido no final do século XIX, com origem no Metaphisical Club, um grupo de especulação filosófica liderado pelo lógico Charles Sanders Peirce, pelo psicólogo William James e pelo jurista Oliver Wendell Holmes, Jr., 

Pragmatismo é simplesmente um método pelo qual o significado dos conceitos é depurado pelos fatos, pela experiência.  

"Tem-se de extrair de cada palavra o seu valor de compra prático, pô-lo a trabalhar dentro da corrente de nossa experiência" (1979: 20).  William James.

Segundo Pierce, "Deus existe" não tem nenhum sentido, porque não é possível demonstrar a existência de Deus por meio da experiência futura.

Para James, Deus passa no teste pragmático. Acrença em Deus não causa nenhum prejuízo material nem coloca em risco nossas próprias vidas.Outro ponto de discordância com Peirce: em James, o pragmatismo também é um método para se alcançar a verdade.

 Segundo James define-se como Verdade o conjuto de todas suas consequências práticas relativas a determinado contexto. 


 "Se por um lado toda experiência sem a forma do conceito é cega, o conceito sem o conteúdo da experiência é vazio".( IMMANUEL KANT 1724-1804).




Nos achando na Teia


Web 1.0:
- Foi a primeira geração de internet comercial. Seu grande trunfo era a quantidade de informações disponíveis.
- Seu conteúdo era pouco interativo, não era muito dinâmico.
- Era apenas um espaço de leitura
- O usuário era apenas um espectador da ação que se passava na página que ele visitava.

Web 2.0:

“Web 2.0 é a mudança para uma internet como plataforma, e um entendimento das regras para obter sucesso nesta nova plataforma. Entre outras, a regra mais importante é desenvolver aplicativos que aproveitem os efeitos de rede para se tornarem melhores quanto mais são usados pelas pessoas, aproveitando a inteligência coletiva.”
Tim O’Reilly – Outubro de 2004

- O termo Web 2.0 é utilizado para descrever a segunda geração da internet, tendência que reforça o conceito de troca de informações e colaboração dos internautas com sites e serviços virtuais.
- Sua essência é permitir que os usuários sejam mais do que espectadores.
- Os melhores sites são ferramentas para que os internautas gerem conteúdo, criem comunidades e interajam.
- Alguns, como o Wikipédia, possibilitam a construção coletiva do conhecimento.
- É difícil lidar com o excesso de informação inútil.
- “Beta Perpétuo”: acabaram-se os ciclos de lançamento de programas. Os programas são corrigidos, alterados e melhorados e tempo todo, e o usuário participa desse processo dando sugestões, apontando erros e aproveitando as melhorias constantes.

Web 1.0 X Web 2.0:
A internet era uma rede com muito conteúdo escrito, onde parecia um jornal impresso transportado para a tela de um computador. Alguém publicava e você lia. É com o surgimento da Web 2.0 que as pessoas passam a se tornarem protagonistas do espaço virtual, passando a produzir conteúdos. A grande popularização dos blogs, flogs, vlogs, e Mídias sociais, como também os sites de relacionamentos só são possíveis nessa nova Web. Ou seja, a grande diferença entre a Web 1.0 e a Web 2.0 é que o usuário deixa de ser um receptor de informações para assim participar dessa nova rede.



Redes Sociais:
Não há dúvidas que a internet facilitou as relações pessoais e o fluxo de informações entre redes de interesses comuns. Amigos se reencontraram com o advento do Orkut, que também ajudou na formação de novos grupos a partir de gostos similares, conectando pessoas e facilitando a comunicação entre elas através de perfis e fóruns de debate.
Estas interações possibilitaram a criação de redes sociais na internet, hoje impulsionadas por diversos sites e ferramentas exclusivos para este fim.
- O termo rede social refere-se a um processo de construção da relação entre um grupo de pessoas que possui um interesse comum.
- Esses sites ajudam as pessoas a construir a rede e as relações entre si, tais como as redes sociais  Facebook, MySpace, Twitter, Ortuk e etc.
- Os amigos são um dos principais indicadores de bem-estar na vida social das pessoas. Da mesma forma que outras áreas, a internet também inovou as maneiras de vivenciar as amizades. (extraído)

Questão do 2º dia do ENEM 2011 - Parte de Português

- As relações interpessoais passaram a ser tão virtuais e “distantes” que as pessoas perderam, muita das vezes, o contato físico. Tanto as amizades e até os relacionamentos sentem com essa nova fase da internet.