segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Individuação - Jung




     A individuação do ser ocorre claramente, na primeira e na segunda metade da vida. Na primeira metade da vida, vemos o desenvolvimento físico da pessoa, que se torna madura. Os músculos se desenvolvem e há a preparação, como por exemplo, para a reprodução. A segunda metade da vida engloba mais que o projeto realizado na primeira metade. Há o desenvolvimento da persona, onde se desenvolve o ego, que deixa de ser uma parte integrada do inconsciente, e passa a adaptar-se mais efetivamente ao meio em que o indivíduo está inserido.
    O indivíduo, ao passar pelo segundo processo de individuação, ocorrido na segunda metade da vida, deixa de identificar-se inteiramente com as condutas e valores incentivado pelo meio no qual se encontra e passa identificar-se mais com as orientações afloradas de si mesmo. 
      Porém, não é impossível deixar de passar pelo processo de individuação:

“Uma pessoa pode permanecer dividida, não-integrada, internamente múltipla, até chegar a uma idade avançada, e ainda assim ser tida na conta de alguém que viveu uma vida social e coletivamente bem-sucedida, embora superficial.”

    Um dos legados mais importantes deixados por Jung à psicologia foi (...) que o processo de individuação, que não acontece de forma linear, é uma circumambulação [significa não somente um movimento circular, mas também a marcação de uma área sagrada em torno de um ponto central, quando o movimento era horário, interpretou como estando na direção as consciência e no sentido anti-horário em direção ao inconsciente] do si-mesmo, um desenvolvimento para a vida inteira.


Fontes:
- STEIN, Murray. Jung : o mapa da alma : uma introdução. 5 ed - São Paulo : Cultrix, 2006
- http://grupopapeando.wordpress.com/2010/09/20/o-individuo-ameacado-pela-sociedade-capitulo-i/
- http://www.ajb.org.br/
- http://www.rubedo.psc.br/dicjung/verbetes/circumam.htm

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Pragmatismo


Reprodução
                                                                          ( PIERCE)


Pragmatismo norte americano foi estabecelecido no final do século XIX, com origem no Metaphisical Club, um grupo de especulação filosófica liderado pelo lógico Charles Sanders Peirce, pelo psicólogo William James e pelo jurista Oliver Wendell Holmes, Jr., 

Pragmatismo é simplesmente um método pelo qual o significado dos conceitos é depurado pelos fatos, pela experiência.  

"Tem-se de extrair de cada palavra o seu valor de compra prático, pô-lo a trabalhar dentro da corrente de nossa experiência" (1979: 20).  William James.

Segundo Pierce, "Deus existe" não tem nenhum sentido, porque não é possível demonstrar a existência de Deus por meio da experiência futura.

Para James, Deus passa no teste pragmático. Acrença em Deus não causa nenhum prejuízo material nem coloca em risco nossas próprias vidas.Outro ponto de discordância com Peirce: em James, o pragmatismo também é um método para se alcançar a verdade.

 Segundo James define-se como Verdade o conjuto de todas suas consequências práticas relativas a determinado contexto. 


 "Se por um lado toda experiência sem a forma do conceito é cega, o conceito sem o conteúdo da experiência é vazio".( IMMANUEL KANT 1724-1804).




Nos achando na Teia


Web 1.0:
- Foi a primeira geração de internet comercial. Seu grande trunfo era a quantidade de informações disponíveis.
- Seu conteúdo era pouco interativo, não era muito dinâmico.
- Era apenas um espaço de leitura
- O usuário era apenas um espectador da ação que se passava na página que ele visitava.

Web 2.0:

“Web 2.0 é a mudança para uma internet como plataforma, e um entendimento das regras para obter sucesso nesta nova plataforma. Entre outras, a regra mais importante é desenvolver aplicativos que aproveitem os efeitos de rede para se tornarem melhores quanto mais são usados pelas pessoas, aproveitando a inteligência coletiva.”
Tim O’Reilly – Outubro de 2004

- O termo Web 2.0 é utilizado para descrever a segunda geração da internet, tendência que reforça o conceito de troca de informações e colaboração dos internautas com sites e serviços virtuais.
- Sua essência é permitir que os usuários sejam mais do que espectadores.
- Os melhores sites são ferramentas para que os internautas gerem conteúdo, criem comunidades e interajam.
- Alguns, como o Wikipédia, possibilitam a construção coletiva do conhecimento.
- É difícil lidar com o excesso de informação inútil.
- “Beta Perpétuo”: acabaram-se os ciclos de lançamento de programas. Os programas são corrigidos, alterados e melhorados e tempo todo, e o usuário participa desse processo dando sugestões, apontando erros e aproveitando as melhorias constantes.

Web 1.0 X Web 2.0:
A internet era uma rede com muito conteúdo escrito, onde parecia um jornal impresso transportado para a tela de um computador. Alguém publicava e você lia. É com o surgimento da Web 2.0 que as pessoas passam a se tornarem protagonistas do espaço virtual, passando a produzir conteúdos. A grande popularização dos blogs, flogs, vlogs, e Mídias sociais, como também os sites de relacionamentos só são possíveis nessa nova Web. Ou seja, a grande diferença entre a Web 1.0 e a Web 2.0 é que o usuário deixa de ser um receptor de informações para assim participar dessa nova rede.



Redes Sociais:
Não há dúvidas que a internet facilitou as relações pessoais e o fluxo de informações entre redes de interesses comuns. Amigos se reencontraram com o advento do Orkut, que também ajudou na formação de novos grupos a partir de gostos similares, conectando pessoas e facilitando a comunicação entre elas através de perfis e fóruns de debate.
Estas interações possibilitaram a criação de redes sociais na internet, hoje impulsionadas por diversos sites e ferramentas exclusivos para este fim.
- O termo rede social refere-se a um processo de construção da relação entre um grupo de pessoas que possui um interesse comum.
- Esses sites ajudam as pessoas a construir a rede e as relações entre si, tais como as redes sociais  Facebook, MySpace, Twitter, Ortuk e etc.
- Os amigos são um dos principais indicadores de bem-estar na vida social das pessoas. Da mesma forma que outras áreas, a internet também inovou as maneiras de vivenciar as amizades. (extraído)

Questão do 2º dia do ENEM 2011 - Parte de Português

- As relações interpessoais passaram a ser tão virtuais e “distantes” que as pessoas perderam, muita das vezes, o contato físico. Tanto as amizades e até os relacionamentos sentem com essa nova fase da internet.


segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Consciente e a Introspecção

Os pais intelectuais da psicologia foram a filosofia e a fisiologia. Apesar do interesse comum pelas questões relacionadas à interação mente-corpo, sensação-percepção, cada uma destas ciências tinham interesses voltados para sua respectiva área. Foi então que o alemão Wilhelm Wundt mudou este ponto. Wundt mesclou a filosofia e a fisiologia formando assim uma nova ciência chamada de psicologia, a qual era independente e tinha como objeto de estudo o “Consciente”, a consciência da experiência imediata.
Para Wundt, a introspecção era uma forma de percepção interna. Quando o indivíduo é enfocado de dentro é psicologia, quando é enfocado de fora é fisiologia. Contudo ambos compõem o campo da psicologia fisiológica. Os processos generativos implicados na produção de fenômenos mentais coletivos, tais como a linguagem, são interacionais e, consequentemente, sociais. O que, como demonstra Farr (2004), levou Wundt a separar sua psicologia social da psicologia fisiológica. Eram projetos independentes, embora relacionados, o primeiro não poderia ser reduzido ao segundo. “A consciência individual é totalmente incapaz de fornecer a história do pensamento humano, pois ela está condicionada por uma história anterior a respeito da qual ela não pode, por si mesma, dar-nos nenhum conhecimento.“ (Wundt, 1916, pág.3).
A Introspecção no sentido restrito da palavra propõe o conhecimento das emoções através da observação interna e reflexão por parte do próprio sujeito. O indivíduo é ao mesmo tempo sujeito do conhecimento e objeto de estudo num processo de auto-observação interior no qual o eu faz a observação dos próprios estados internos. Esse termo foi introduzido pela psicologia do século XIX para designar o método psicológico fundamental, considerado insubstituível até o advento do behaviorismo.
Segundo Comte “O indivíduo pensante não pode dividir-se em dois, um que raciocina e outro que o vê raciocinar.
 A sociedade tem mania de colocar a introspecção no rol das características pessoais mais defeituosas como se todos tivessem obrigação de ser alegre, extrovertido e expansivo o tempo todo.
A introspecção num momento de ócio criativo, por exemplo, pode produzir uma infinidade de produtos sendo muito úteis ou não, mas que de fato revelam um estado de coisas que só a calmaria da reflexão interna proporciona. O introspectivo se expande mais no silêncio, na calma de sua mente, na calma de seu coração.
            Em psicologia, a introspecção é insubstituível; só ela permite a apreensão das realidades psíquicas como tais; serve de norma e guia para análises objetivas do comportamento humano.
Para Wundt não era possível estudar, através da introspecção, fenômenos tão profundamente mentais como o pensamento. Era apenas possível, através do laboratório, estudar processos sensoriais básicos. Isso porque a mente não pode voltar-se sobre si mesma e estudar aquilo de que ela mesma é produto. Estudar a relação entre linguagem e pensamento, por exemplo, era, para Wundt, parte de sua Völkerpsychologie. (Farr, 2004).





Fontes:
http://www.filoinfo.bem-vindo.net/filosofia/modules/lexico/entry.php?entryID=2222