segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Individuação - Jung




     A individuação do ser ocorre claramente, na primeira e na segunda metade da vida. Na primeira metade da vida, vemos o desenvolvimento físico da pessoa, que se torna madura. Os músculos se desenvolvem e há a preparação, como por exemplo, para a reprodução. A segunda metade da vida engloba mais que o projeto realizado na primeira metade. Há o desenvolvimento da persona, onde se desenvolve o ego, que deixa de ser uma parte integrada do inconsciente, e passa a adaptar-se mais efetivamente ao meio em que o indivíduo está inserido.
    O indivíduo, ao passar pelo segundo processo de individuação, ocorrido na segunda metade da vida, deixa de identificar-se inteiramente com as condutas e valores incentivado pelo meio no qual se encontra e passa identificar-se mais com as orientações afloradas de si mesmo. 
      Porém, não é impossível deixar de passar pelo processo de individuação:

“Uma pessoa pode permanecer dividida, não-integrada, internamente múltipla, até chegar a uma idade avançada, e ainda assim ser tida na conta de alguém que viveu uma vida social e coletivamente bem-sucedida, embora superficial.”

    Um dos legados mais importantes deixados por Jung à psicologia foi (...) que o processo de individuação, que não acontece de forma linear, é uma circumambulação [significa não somente um movimento circular, mas também a marcação de uma área sagrada em torno de um ponto central, quando o movimento era horário, interpretou como estando na direção as consciência e no sentido anti-horário em direção ao inconsciente] do si-mesmo, um desenvolvimento para a vida inteira.


Fontes:
- STEIN, Murray. Jung : o mapa da alma : uma introdução. 5 ed - São Paulo : Cultrix, 2006
- http://grupopapeando.wordpress.com/2010/09/20/o-individuo-ameacado-pela-sociedade-capitulo-i/
- http://www.ajb.org.br/
- http://www.rubedo.psc.br/dicjung/verbetes/circumam.htm

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