Os pais intelectuais da psicologia foram a filosofia e a fisiologia. Apesar do interesse comum pelas questões relacionadas à interação mente-corpo, sensação-percepção, cada uma destas ciências tinham interesses voltados para sua respectiva área. Foi então que o alemão Wilhelm Wundt mudou este ponto. Wundt mesclou a filosofia e a fisiologia formando assim uma nova ciência chamada de psicologia, a qual era independente e tinha como objeto de estudo o “Consciente”, a consciência da experiência imediata.
Para Wundt, a introspecção era uma forma de percepção interna. Quando o indivíduo é enfocado de dentro é psicologia, quando é enfocado de fora é fisiologia. Contudo ambos compõem o campo da psicologia fisiológica. Os processos generativos implicados na produção de fenômenos mentais coletivos, tais como a linguagem, são interacionais e, consequentemente, sociais. O que, como demonstra Farr (2004), levou Wundt a separar sua psicologia social da psicologia fisiológica. Eram projetos independentes, embora relacionados, o primeiro não poderia ser reduzido ao segundo. “A consciência individual é totalmente incapaz de fornecer a história do pensamento humano, pois ela está condicionada por uma história anterior a respeito da qual ela não pode, por si mesma, dar-nos nenhum conhecimento.“ (Wundt, 1916, pág.3).
A Introspecção no sentido restrito da palavra propõe o conhecimento das emoções através da observação interna e reflexão por parte do próprio sujeito. O indivíduo é ao mesmo tempo sujeito do conhecimento e objeto de estudo num processo de auto-observação interior no qual o eu faz a observação dos próprios estados internos. Esse termo foi introduzido pela psicologia do século XIX para designar o método psicológico fundamental, considerado insubstituível até o advento do behaviorismo.
Segundo Comte “O indivíduo pensante não pode dividir-se em dois, um que raciocina e outro que o vê raciocinar.
A sociedade tem mania de colocar a introspecção no rol das características pessoais mais defeituosas como se todos tivessem a obrigação de ser alegre, extrovertido e expansivo o tempo todo.
A introspecção num momento de ócio criativo, por exemplo, pode produzir uma infinidade de produtos sendo muito úteis ou não, mas que de fato revelam um estado de coisas que só a calmaria da reflexão interna proporciona. O introspectivo se expande mais no silêncio, na calma de sua mente, na calma de seu coração.
Em psicologia, a introspecção é insubstituível; só ela permite a apreensão das realidades psíquicas como tais; serve de norma e guia para análises objetivas do comportamento humano.
Para Wundt não era possível estudar, através da introspecção, fenômenos tão profundamente mentais como o pensamento. Era apenas possível, através do laboratório, estudar processos sensoriais básicos. Isso porque a mente não pode voltar-se sobre si mesma e estudar aquilo de que ela mesma é produto. Estudar a relação entre linguagem e pensamento, por exemplo, era, para Wundt, parte de sua Völkerpsychologie. (Farr, 2004).
Fontes:
http://www.filoinfo.bem-vindo.net/filosofia/modules/lexico/entry.php?entryID=2222
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