terça-feira, 8 de novembro de 2011

Período Operatório


Concreto (dos 7 aos 12 anos)
           Durante este período, o egocentrismo intelectual e social (incapacidade de se colocar no ponto de vista de outros) que caracteriza a fase anterior dá lugar à emergência da capacidade da criança de estabelecer relações e coordenar pontos de vista diferentes  (próprios e de outrem ) e de integrá-los de modo lógico e coerente, ou seja, as crianças tornam-se capazes de cooperar, aceitando o ponto de vista do outro e expondo seu ponto de vista. Surge uma necessidade de conexão entre idéias e de justificação lógica.
           A criança passar a ser capaz de interiorizar as ações, ou seja, ela começa a realizar operações mentalmente e não mais apenas através de ações físicas típicas da inteligência sensório-motor e passa a se lembrar mais das coisas que já viu, aprendeu.
           Não mais, se limita a uma representação imediata e desenvolver a capacidade de representar uma ação no sentido inverso de uma anterior. A capacidade de pensar simultaneamente o estado inicial e o estado final de alguma transformação efetuada sobre os objetos, tal reversibilidade será construída ao longo dos estágios operatório concreto e formal.

Formal (12 anos em diante - adolescência)
O período das operações intelectuais abstratas, da formação da personalidade e da inserção afetiva e intelectual na sociedade dos adultos é também chamado de período operatório formal.
Por volta dos 11-12 anos ocorre uma transformação no pensamento da criança que é a passagem do pensamento concreto para o formal que é chamado de hipotético-dedutivo ou lógico-matemático, isto é, capaz de deduzir as conclusões de puras hipóteses e não somente através de uma observação real.
Neste período as operações lógicas começam a passar do plano da manipulação concreta para o das idéias que são expressas em qualquer linguagem (linguagem das palavras ou símbolos matemáticos, etc.) sem o apoio da percepção, da experiência, nem mesmo da crença.
A criança começa a construir seus próprios valores morais adquirindo sua própria autonomia. Ocorre ainda a transição para o modo adulto de pensar e a capacidade de raciocínio lógico sobre hipóteses e idéias abstratas. Como na outra fase também ocorre o egocentrismo. 
            Há diferenciação nítida entre o EU e o objeto.

Exemplo:
Se lhe pedem para analisar um provérbio como "de grão em grão, a galinha enche o papo", a criança trabalha com a lógica da idéia (metáfora) e não com a imagem de uma galinha comendo grãos.

PIAGET, Jean. Seis estudos de Psicologia.
http://www.unicamp.br/iel/site/alunos/publicacoes/textos/d00005.htm
http://www.pedagogiaespirita.org/escola_virtual/pedagogia/piaget/estagios.htm
http://www.aticaeducacional.com.br/htdocs/pcn/pcns.aspx?cod=54
http://www.abrae.com.br/entrevistas/con_pia.htm


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